Como eu me reinvento?
Me sinto metaformoseado, hoje acordei inseto
Já não sei quem sou, eu fui
È perigo querer ser exatamente o que a gente é, né Leminski?
Depois de ter vivido um ópio utópico, meus hermanos me
alertam
È perigo ter sonhos
Queimo meus sonhos junto com meu incenso de alfazema
Deixo pra trás nas ruas de pedras irregulares como todo
sonho
Ah! Como eu me reinvento!
Me sinto encalacrado, hoje acordei inquieto
Já não sei quem fui, eu sou
È perigo não ser exatamente o que a gente é, né José?
Depois de ter vivido em ócio utópico, meus inimigos me
alertam
È perigo não ter sonhos
Reacendo meus sonhos com fogueiras de meus livros
Levo adiante no meio fio de cada rua regular como os
sonhos
Como eu me reinvento? Me refaço!
Faço meu caminho utópico em busca de ouro no final do arco
íris
Faço notas, escrevo poemas sujos,
Traduzo a dor em cor, preto e branco, tinta e papel
Busco meus sonhos em minhas pulseiras coloridas
Cores Frida Kahlo, cores de minha bandeira
Cores do meu pulso,
Pulsa!
Vida, sangue, luta
Luta em vermelho
Luto!
Luto por achar a vida caminho
Caminho por achar a vida luta!
22/07/2012
Que delícia saborear essa poesia num domingo como este!
ResponderExcluirTantas cores, tantas lutas, dores, sabores... enquanto isso vamos nos descobrindo e redescobrindo quem somos, quem não fomos e o que queremos ser... bjo grande!
Novamente empatia!
ResponderExcluirQue haja sempre força em nós, para travarmos essas batalhas diárias de sensações e transcreve-las!
Texto Encantado!