No princípio era o berro....a dor do parto e do pós- impacto.
Daí vem o primeiro ar inundando os alvéolos: tsunami da vida.
Daí vem as fraldas, o choro, a cólica, o sono.
Vem os incensos e os ouros e as mirras e as lembranças.
E vem até algumas lágrimas.
Mas vem o cheiro, o afago.
Vem o saber de que não há nada mais frágil.
Que não há nada mais belo.
Que não há nada mais seu(mas não só seu).
Vem o primeiro mês.
Que venham os próximos anos.
Que o Ayô esteja sempre no meio de nós.
Raimundo - 2011
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