IDENTIDADE
O meu sangue corre
na batida do Afro beat
Os meus pés
explodem com o ritmo
dos tambores do Jongo
E no passo de coco
Faço minha saia rodar.
Nos meus ouvidos ecoam
Cantigas vindas das antigas senzalas
Que se transformam
Num hino à mãe África
cantado por um Rapper
Que protesta da capital do país.
No meu cabelo
Que cresce crespo e enrolado
Encontro a beleza da herança antes recusada.
Na minha boca
Palavras emergem em poesia
Que eu grito pro mundo
Das ruas da Periferia.
(Mila - 2011)
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